Você já parou para analisar o papel do Poder Legislativo em nosso País? Melhor, vamos pensar sob a óptica política local: você parou para analisar a importância da Câmara de Vereadores da sua cidade? Se sua resposta for negativa, peço licença para uma advertência: cuidado! Sua cidade pode está em sérios apuros.
O Brasil já não é como antes, cresce e se apresenta como umas das grandes potências econômicas mundiais. Sabe qual o alicerce e o limite destas transformações? Está em cada um de nós. Nossas escolhas irão determinar a longevidade do crescimento nacional e queremos coadjuvar na dinâmica das transformações socializadas em cada rincão do país. Então, como conseguirmos a “instrumentalização” e quais os caminhos que nos levarão à cidadania plena?
Em muitas oportunidades e com mais vigor nos últimos anos, tenho dito com veemência que a “salvação do mundo” está na educação. Por favor, a referência aqui, nem de longe, possui caráter religioso. Trata-se da expressão de um pensamento quanto ao protagonismo necessário ao bem-estar coletivo no Brasil.
Pois bem, é a ausência de investimentos pesados em educação que nos tem levado a descrença na política e “criar” fenômenos de votos como o querido Tiririca. Ele, bom cidadão, e, talvez, munido de bons sentimentos, característica não garantidora de atuação proativa na Câmara Federal, também vítima da pouca educação escolar, foi usado pelos espertalhões maquiavélicos e astutos na arte de usar “brechas na lei” ao seu deleite egoísta de perpetuação na ânsia de poder pelo poder.
Até então usei o exemplo da eleição do palhaço profissional, “símbolo de protesto” popular. Todavia, não é demais analisar a atuação dos “representantes do povo” nas pequenas cidades interioranas. Para “tristeza geral da nação”, a realidade não é diferente. Mudam as faces, práticas e interesses são os mesmos. A tragédia da história é que nossas pobres cidades pobres, sobreviventes dos repasses financeiros previstos na Constituição Federal, são apropriadas e transformadas em feudos eleitoreiros donde os plenários dos “Paços do Povo” transformam-se em arenas de disputas de cunho pessoal em ataques diretos a honra, a moral e a dignidade dos cidadãos.
Neste cenário triste e trágico, os edis, responsáveis pela fiscalização do Executivo e pela criação das leis que deveriam servir ao público, se apropriam da representação popular e se utilizam das prerrogativas e imunidades do cargo para exercer autoridade de forma discrepante com o decoro e a probidade requeridos pela função. Lançam o interesse coletivo, premissa maior da administração pública, ao ostracismo e abusam da “ausência de cidadania” para criar estruturas visíveis e invisíveis de mando. Dentre suas diversas estratégias de familiarização com eleitores, os parentescos espirituais. Melhor dizendo, o compadrio.
Tragédia maior é o fato de muitos dos “representantes do povo” não conhecerem as funções do Legislativo e sua importância enquanto esfera de controle da administração pública. Ao invés, preferem fazer do poder estatal degrau de ascensão social e perpetuação no mesmo. Embriagam-se e esquecem a razão de ser ínsita na própria origem da função que exercem por delegação popular.
Então, de quem é a responsabilidade pelo funesto das ações que dizimam nossa cidadania e nada contribuem na melhoria da qualidade de vida em sociedade? Utilizando-se de dito popular, afirmo: “a resposta é curta e grossa”: somos nós! Se não houver um levante social e um pacto coletivo pela educação nossos parlamentos se “transmutarão” em picadeiros donde os palhaços estão do lado de fora do plenário enquanto a platéia, do outro lado, excelentíssimos senhores, estará sempre rindo e não empreendendo esforços pelo fim da ignorância, pois é ela a gênese das estruturas de domínio e controle coletivo.
Por tanto, se quisermos administração de fato pública, se quisermos “salvar vidas”, começando pelas nossas, que lutemos por educação e digamos não aos pândegos e bêbados travestidos de representantes do povo, pois são eles os verdadeiros responsáveis pela miséria da nação!
AUGUSTO MARTINS MELO
Groaíras-CE, 27/02/2011
Espaço foi pensado para a socialização de minhas idéias sobre temas diversos vivenciados cotidianamente.
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domingo, 27 de fevereiro de 2011
"PÃO E CIRCO"
"Caio Otávio Augusto, primeiro imperador de Roma, foi um dos maiores responsáveis por difundir a política que ficou conhecida como 'pão e circo' (panis er circensis). Consistia na garantia de comida e entreterimento como pilares de uma política para conter as insatisfações e manter o povo feliz. Além do fornecimento de trigo, Otávio promoveu batalhas de gladiadores e espetáculos teatrais como alguns dos pilares do seu modelo administrativo". (O POVO, Política, p. 19, 27 de fevereiro de 2011
E aí, você groairense, lembra de alguém que adotou a política do "pão e circo" no seu modelo administrativo? Pois é, esse modelo é muito defendido pelos saudosistas quando da posse de microfones nos seus deleites perniciosos contra a honra e a imagem das pessoas. Vamos aceitar isso? Melhor não!
Construir a cidade ideal é algo requer coletividade. Mas não basta sermos um grupo, precisamos de coesão de idéias e objetivos claros. Chega de desmandos, opressão e charlatanismo político. É hora de cultivarmos nossa liberdade e maturarmos nossa revolução de forma pacífica e consciente. Abaixo as ditaduras onde quer que elas se manifestem e por quaisquer meios. Chega de abusos! Viva a democracia!
AUGUSTO MARTINS MELO
E aí, você groairense, lembra de alguém que adotou a política do "pão e circo" no seu modelo administrativo? Pois é, esse modelo é muito defendido pelos saudosistas quando da posse de microfones nos seus deleites perniciosos contra a honra e a imagem das pessoas. Vamos aceitar isso? Melhor não!
Construir a cidade ideal é algo requer coletividade. Mas não basta sermos um grupo, precisamos de coesão de idéias e objetivos claros. Chega de desmandos, opressão e charlatanismo político. É hora de cultivarmos nossa liberdade e maturarmos nossa revolução de forma pacífica e consciente. Abaixo as ditaduras onde quer que elas se manifestem e por quaisquer meios. Chega de abusos! Viva a democracia!
AUGUSTO MARTINS MELO
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