Groaíras-CE, 22 de maio de 2024.
Velho
amigo, Gonçalo...
Ontem
foi um dia de muito trabalho, graças a Deus! Minha sala estava numa ebulição
energética quando então, de Brasília, recebo a visita do primo querido,
Raimundinho, Raimundo Erineu, ou melhor: Dr. Raimundo Erineu Melo.
No
“alforge” trouxe consigo “Memórias Oblíquas, Conversas ao pé do ouvido na terra
do Padre Mororó”, seu segundo livro, uma manifestação de amor, coragem,
liberdade expressos em ricas crônicas e contos do universo do escritor e das
memórias de nossa Groaíras.
Depois
do reencontro, do abraço fraterno sem tempo para colocar a conversa em dia, eis
que o visitante saca o livro e o presenteia ao primo nativo da terra de
Pe. Mororó. O ato foi repleto de sensações, emoções, afinal não é todo dia que recebo
tesouros de arte materializados numa obra tão bem escrita pelas mãos de um ente
querido.
Entregue
o livro, havia algo a se descortinar e logo se revelou no folhear da capa,
avistando a dedicatória ao “primo irmão”. Meu Deus! O que dizer diante de
tamanho privilégio? A relação fraternal, familiar, ganhou mais um ingrediente:
honra, responsabilidade. Jamais a leitura será um ato mecânico. Como costumamos
dizer: “E agora José?”
Esqueci
de relatar que o reencontro, a entrega do presente, teve testemunha ilustre, a
querida professora Fátima Matos. Ela também foi presenteada e não escondeu seu
apreço pelo ilustre amigo.
Registro
que provoquei o primo a oficializar o lançando da obra na terra dos padres Mororó
e Cleano, oferecendo um pouco de minha arte musical amadora para abrilhantar o
ato. Ele, pensativo, deixou um não tímido com sabor de “talvez”. Vou considerar
que postergou a resposta.
Gonçalo,
agora é conosco! Vou ler o livro e te contar dos contos que também falam de ti.
Tu vais me ajudar nesta aventura proposta pelo primo e eu a encararei vaidoso,
feliz, sem perder o senso e tu me ajudarás nesta tarefa. Sei que terei “final
feliz” e o desejo de que o primo continue a publicar.
Atenciosamente,
Augusto
Martins Melo