AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA OU INTERESSE PRÓPRIO?

Angariar investimentos para a cidade é uma das missões mais importantes dos prefeitos. Acredito que ninguém discorde de tal afirmativa, afinal todos almejam a geração de emprego e renda em seus municípios como instrumentos estagnadores do movimento de "seus filhos" para os grandes centros urbanos do Sul e Sudeste do país. Na busca de trabalho se submetem a situações bem complicadas e têm, muitas vezes, sua condição cidadã deteriorada ante a baixa qualidade de vida nos aglomerados urbanos periféricos ou mesmo centrais sem a menor infraestrutura. Em Groaíras o prefeito tem dedicado esforços na busca de obras estruturantes. Muito já se fez mas ainda há muito o que fazer, mesmo com os entraves políticos atravancadores da vida e a dinâmica da cidade. Só para exemplificar: recentemente o Executivo pleiteou um recurso do FNDE para a construção de uma creche do Pró-infância cujo valor ultrapassa um milhão de Reais. A intenção, a melhor possível, garantir um equipamento para bem atender as crianças da cidade, especialmente para as populações de baixa renda. Tudo parecia dar certo até que, constatado os limites do orçamento municipal, pediu-se a autorização do Legislativo local. Daí em diante começou o festival de entraves já típicos da ineficiência de nossos edis, especialmente os opositores. Dentre eles havia quem justificava o posicionamento contrário ao montante do recurso a entrar na cidade: "é muito dinheiro!". Excesso de zelo ou incompetência? Eu não tenho medo de ficar com a segunda opção. Melhor, incompetência e interesse próprio. Não estão preocupados com a cidade, estão olhando para os seus próprios mandatos. Há um deles que não se contenta apenas com o púlpito da Câmara e leva tal discurso para o rádio. Está preocupado com sua eleição e temeroso, pois o progresso da cidade representa ruptura na prática política há tempos arraigada. Assim, ao mesmo tempo em que contemplo a consagração do princípio da publicidade quando das transmissões das sessões da Câmara de Groaíras através do rádio, sinto vergonha em ver discussões pequeninas e de cunho pessoal. Aqui não é um caso isolado. É triste ver a Assembléia Legislativa do Estado e o Congresso Nacional de cócoras entrincheirados em estratégia de consecução do velho e famoso corporativismo fisiologista. Qual a solução? Tudo começa quando se toma uma decisão diferente. Eu proponho: saquemos do poder quem não tem competência para nos representar. Tudo é um questão de boa vontade! Você tem todo direito de pensar o contrário caso esteja satisfeito com as discussões lá travadas! Educação é um direito de todos, mas nem todos têm habilidades suficientes para escapar do julgo do discurso político! Esse é meu entendimento e aqui exerço meu direito de manifestar minha opinião sem esconder a cara. Meu nome é Augusto Martins Melo e este é meu pensamento! Abraço a todos!